domingo, 10 de julho de 2011

Vídeo-aula 15

Epilepsia e trabalho

O trabalho é uma atividade de ajustamento psicossocial que proporciona aceitação social, autonomia, liberdade financeira, identidade social, autoestima.

Atualmente o mercado é competitivo com altos níveis de exigência e de desemprego, falta de motivação e remuneração desproporcional.

Agora imagine todas essas exigências acrescidas de uma doença crônica, como a Epilepsia.


As pessoas com epilepsia têm maior dificuldade para encontrar e manter trabalhos regulares; maior índice de desemprego e subemprego.

Crises epilépticas e trabalho

Várias pesquisas foram feitas para demonstrar essa questão da crise e o trabalho:



*crises epilépticas generalizadas x parciais: CG e CPC são as que mais influenciam a capacidade para o trabalho;

*controle ou não das crises, não influencia a capacidade do trabalho;

*tempo de duração da epilepsia: não tem relação com a capacidade laborativa do paciente.



Mercado de trabalho



Trabalho formal x trabalho informal

*adequação do tipo de atividade exercida

*operador de máquinas x telemarketing

*acreditar em si mesmo

Empregadores

Tem medo das crises causarem acidentes:

*IBE (1966) Workshop ressaltando não haver mais risco de acidentes no trabalho em pacientes com epilepsia quando comparados à população em geral;

*Beghi e Cornaggia (1997) conclusão semelhante em estudo com várias nacionalidades. Acreditam que os pacientes com epilepsia tem menor capacidade e menor produtividade;

*Callagham (1992) e Espir (1991): capacidade normal;

*Lassow (1997): diferença= remuneração;

*problema: sentimento de inferioridade dos próprios pacientes ocasiona a desistência de competir e limitam suas expectativas de vida;

*acreditam que os pacientes com epilepsia faltem mais (maior absenteísmo)

*número maior de faltas e períodos mais longos de afastamento;

*tem receio das reações dos outros perante às crises: estigma;

*medo das pessoas se assustarem e comprometer o nome da empresa;

*medo de saber lidar;

Estigma




*Discriminação velada x discriminação garantida por leis: risco de acidentes x preconceito e estigma;

*profissões consideradas impróprias: policiais, bombeiros, babás, enfermeiros, motoristas, cirurgiões, trabalhos em altura, controle de máquinas ou equipamentos, vigias, etc.

*70% a 80% dos pacientes podem ter suas crises epilépticas controladas, e por isso, podem estar trabalhando (em trabalhos formais ou informais);

*conquista e manutenção do emprego: depende dos empregadores, das empresas, dos pacientes, das famílias.



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