domingo, 8 de maio de 2011

Vídeo-aula 15

Dados da educação especial no país

Os dados do MEC revelam que houve um enorme crescimento de matrículas de pessoas com necessidades especiais nos últimos anos. Em 2006, foram mais de setecentas mil matriculados; em 8 anos houve ascensão em mais de quatrocentas mil matrículas.
Em contraponto, os dados revelam que 14,5% da população, têm necessidades especiais, e deste número 2% representa jovens em idade escolar, totalizando cerca de dois milhões e oitocentas mil crianças e adolescentes. Ou seja, estamos muito aquém de universalizar a educação inclusiva no país.


Foi realizada uma pesquisa em uma cidade do interior do estado de São Paulo, feita de 1998 a 2010, ou seja, pós LDB de 1996, que nos termos da lei, passou a garantir igual acesso à todos, para saber como anda a educação especial.
Foi analisada, tanto escolas públicas, como escolas para portadores de NEE.
Os resultados da pesquisa alertam sobre os seguintes pontos:
*Somente as escolas especializadas possuíam registros, documentos precisos e detalhados sobre o diagnóstico e do processo escolar do aluno, tornando—se impossível traçar diagnósticos de situação e políticas, programar formação continuada e obter recursos para o progresso deste aluno;
*Muitos diagnósticos são incompletos ou inexistentes, classificando o aluno de “deficiente” e ponto;
*A grande maioria, totalizando 60% dos alunos com NEE, são meninos;
*A permanência dos alunos com NEE é de 1 a 4 anos nas escolas públicas quando estão nas salas regulares e por sua vez, nas salas especiais elas permanecem mais tempo, chegando a permanecer por até 10 anos, assim como nas instituições de ensino para necessidades especiais;
*A ascensão é descontínua, com interrupção intercalada entre as séries. Uma média de 75% dos alunos concluem o primeiro ciclo do Ensino fundamental e apenas 1,5% concluem o Ensino Médio;
Apesar da legislação ter um investimento de inclusão, a grande maioria de portadores de necessidades especiais está fora da escola; ainda é necessário muitas mudanças para haver a universalização do ensino e para que as pessoas com necessidades especiais possam se desenvolver ao máximo e estarem totalmente integradas à sociedade, participando até mesmo, do mercado de trabalho.


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