sábado, 25 de setembro de 2010

Vídeo-aula 19


Dislexia

Existem doenças neurológicas e alguns transtornos neurológicos, que  são fruto de algum mau funcionamento do cérebro. É o caso do TDAH e da dislexia, entre outros.
Dislexia

*Dificuldade primária no aprendizado: dificuldades quantitativas e qualitativas total ou parcialmente irreversíveis
*É um transtorno de aprendizagem comum em sala de aula, relacionado à reprovação escolar (15%)
*Frequência: de 3-4% de crianças na fase escolar
*Transtorno específico de leitura, caracterizado pela dificuldade no reconhecimento de letras, na decodificação e na soletração de palavras
*Costuma ser identificada no momento da aprendizagem do alfabeto: obstáculo ao sucesso escolar-persiste até a idade adulta

Dificuldades na leitura 

*Dificuldade de associação do som à letra (decodificação)
*Troca de letras (b-d)
*Leitura lenta, sem entonação de voz
*Tropeços na leitura de palavras longas

Problemas na escrita
*Inversões de letras (vovó- ovóv)
*Erros de concordância verbal

Dificuldades

*Aprender palavras novas, nomear, aprender músicas com rimas, pronunciar palavras corretamente, seguir ordens e rotina, preensão do lápis e na escrita, copiar o que está no quadro;


*Nível de leitura e vocabulário abaixo do esperado, dificuldades com enunciados de provas e exercícios, dificuldades para compreensão de textos, memorizar tabuadas e mapas, leitura lenta e com erros, dificuldade de entender conceitos abstratos;


Aspectos psicomotores

*Atraso na estruturação do esquema corporal
*Dificuldade para diferenciar direita-esquerda
*Confusão entre cores, formas, tamanhos e posições
*Dificuldades motoras na execução de exercícios manuais e de grafismos
*Tendência para a escrita em espelho


Aspectos comportamentais

*Ansiedade, insegurança, comportamentos agressivos com os colegas, desinteresse pelo estudo, falta de motivação e curiosidade, dificuldades nas relações sociais e baixa autoestima;


Não se sabe ao certo os fatores causadores de dislexia. Atribui-se a uma possível questão genética e familiares com problemas fonológicos (mesmo sem dislexia).
Funcionamento peculiar do cérebro para o processamento da leitura e escrita: disfunção cerebral. Distúrbio de processamento temporal em que as funções de percepção, repetição e armazenamento, nomeação, recuperação e acesso à informação estão comprometidas. São falhas nas conexões cerebrais, principalmente na parte da linguagem lida e escrita.

Dislexia: o que fazer?

*Identificação precoce
*Correlação com TDAH
*Tratamento: programas fonoaudiólogos associados à psicoeducação, aulas de reforço individual, psicoterapia
*Melhora: depende da intensidade dos sintomas e das condições de estimulação;


Diagnósticos realizados pelo CAE - Centro de Avaliação e Encaminhamento da ABD (Associação Brasileira de Dislexia)
Referente período do Janeiro a Dezembro de 2007



Crianças de risco são aquelas de 05 até 08 anos que não estão alfabetizadas e apresentam outras características da dislexia. Conforme podemos verificar, obtivemos 519 diagnósticos de dislexia e 144 que não portavam a dislexia.


A dislexia possui três graus: leve, média e severa.

Os distúrbios entre os não-disléxicos também são diagnosticados.

Um comentário:

  1. Interessante perceber no caso da menina Isabela, estudante da rede pública estadual de São Paulo, como a família é fator determinante no diagnóstico e tratamento de um indivíduo com dislexia. Muitas vezes percebemos que a família não aceita a dificuldade do filho, mesmo quando os professores alertam os pais para algum distúrbio de aprendizagem.
    Infelizmente, ainda existem muitos profissionais da educação que não tem conhecimento suficiente para identificar se há algum problema ou então não conseguem perceber pela quantidade de alunos e indisciplina na sala de aula.
    Percebemos nesse vídeo da Univesp, que a dislexia não é um bicho de sete cabeças, desde que diagnosticado corretamente, além de ser necessário oferecer um suporte contínuo à criança para minimizar as dificuldades da aprendizagem.

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