Educação e Ética
A ética na educação escolar pressupõe a interação entre o coletivo institucional que envolve os professores-alunos, os alunos em si, os professores e colegas, alunos e professores com funcionários.
Escolarização como travessia:
*Família como sociedade primeira
*Escola como transição para vida social
*Sociedade e exercício da cidadania
Nesse contexto, lidamos com vários conflitos, como o conflito do professor entre autoridade e liberdade.
O indivíduo deve ser capaz de desenvolver a autonomia moral, que será construída inicialmente através da obediência às regras (criança) e posteriormente através da incorporação destas, sendo capaz de seguir as regras através de sua consciência autônoma.
A ética se forma, principalmente através dos exemplos que os indivíduos recebem ao longo do processo de formação da autonomia. Nesse sentido, cabe ao professor ensinar além dos conteúdos previstos e fundamentar a dimensão de valores e ética, extremamente necessária para a construção da cidadania destes sujeitos, que estarão envoltos em sua vida adulta em direitos e deveres.
Este trecho de Aristóteles nos leva a refletir sobre os desafios que a educação possui. É na relação entre a igualdade e diversidade, que nós podemos preparar os sujeitos, para se viver na democracia.
“Estou falando da excelência moral, pois é esta que se relaciona com as emoções e ações, e nestas há excesso, falta e meio termo. Por exemplo, pode-se sentir medo, confiança, desejos, cólera, piedade, e, de um modo geral, prazer e sofrimento, demais ou muito pouco, e, em ambos os casos, isto não é bom: mas experimentar estes sentimentos no momento certo, em relação aos objetos certos e às pessoas certas, e de maneira certa, é o meio termo e o melhor, e isto é característico da excelência. Há também, da mesma forma, excesso, falta e meio termo em relação às ações. Ora, a excelência moral se relaciona com as emoções e as ações, nas quais o excesso é uma forma de erro, tanto quanto a falta, enquanto o meio termo é louvado como um acerto; ser louvado e estar certo são características da excelência moral.” (ARISTÓTELES, Ética a Nicômacos, p.42)
Como e por que a ação é moralmente correta?
Que critérios devem orientar o julgamento?
Kant, filósofo alemão do século XVIII, diz que nossa conduta moral deve ser pautada em princípios universais:
“Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal.”
Como profissionais da educação devemos ter como princípios básicos:
*Clareza das regras (contrato pedagógico)
*Adesão às regras não pela obediência, mas pela consciência
Atitude Intolerante:
*Dificuldade de conviver com o diferente
*Juízos cristalizados e generalizações falsas
*Ideologias e falsificação da realidade
Atitude tolerante:
*Confiança na racionalidade, na razoabilidade e no direito do outro: RESPEITO E SOLIDARIEDADE
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